sábado, 22 de junho de 2013

Motivos dos Protestos pelo Brasil

Protesto pelo Brasil

        Após os protestos dessa semana de 14-06 à 21-06-13, pelo Brasil todo, onde a sociedade que parecia anestesiada, saiu às ruas para exigir melhores condições de vida, não foi apenas um ato contra as passagens de ônibus, mas sim um ato que colocar o povo Brasileiro como sendo capazes de sair as ruas e exigir melhores salários, menores impostos, mais saúde e educação de qualidade, mais justiça social, e um Governo capaz de servi o seu povo com um serviço público de qualidade e de excelência.

         Será que nossos governantes vão percebe as necessidades do seu povo, priorizando uma Educação de qualidade, uma saúde que atenda os indivíduos desde o seu nascimento com plena qualidade, uma justiça capaz de percebe a pessoa humana capaz de ser forjada nos seus melhores dons.

        Hoje é visível o controle do poder econômico sobre os nossos governantes, a falta de pessoas capazes de ser responsabilizadas pelos atos dos nossos governantes que aparentemente são protegidas por Leis errôneas que trazem muitas interpretações e com isso, pessoas sem escrúpulos, que fazem parte da sociedade estão ai para rouba o nosso povo.

       Será que essa semana de protestos trará uma visão diferente sobre  a sociedade, que é capaz de se unir para reivindicar direitos, um mundo mais solidário, onde os Governantes e representantes pensem no bem comum, com políticas públicas que melhorem a qualidade de vida de todos os cidadãos.


Auto Francisco em 22-06-2013




Para pensar um Pouco!

No Brasil, negro e pobre têm maiores possibilidades de serem parados nas blitz. Os pardos são presos em maior número. Pobres cumprem a pena na prisão e ainda amargam meses, às vezes, anos, sem conseguirem o alvará de soltura. Cidadãos furtados, roubados e estuprados preferem não fazer Boletim de Ocorrência porque pensam: não adianta mesmo. Poucos acreditam no sistema judiciário em todas as instâncias. Perdura no país o medo de que existe tráfico de influência, conivência e até corrupção em tribunais e cortes. Polícia atira antes de perguntar, principalmente nas favelas. Tiroteio com “bala perdida”, quando não mata, nem chega a ser notícia. Só se considera chacina quando acontece eliminação sumária de mais de cinco. Charlatanismo – exercício ilegal da medicina –  tornou-se prática comum em programas religiosos da televisão; e nunca pastor-curandeiro cumpriu pena.

Toda semana um novo escândalo político, maior que o anterior, pauta o noticiário. E a cada novo escândalo, o anterior perde evidência. Vai-se criando uma cultura complacente. O alto clero do parlamento já se valeu de cabeças de gado, do milagre divino e até de sucessivos prêmios na loteria para explicar a dinheirama que lhe quadruplicou a fortuna pessoal. Caixa dois de campanha é comum. Financiamento de partidos, com subsídio de empreiteiras, tornou-se prática ordinária. Pontes, estradas, viadutos, passarelas e agora estádios, acabam custando até dez vezes mais do que o orçamento inicial. Construtoras “acertam” o preço das obras em licitações viciadas. As estradas permanecem esburacadas, o transporte público encontra-se sobrecarregado e os aeroportos, ultrapassados.

Para custear tanta corrupção, sobram leis, impostos, fiscais, taxas, sobretaxas e mais impostos. Parece não ter fim a sanha de esfolar empresários e trabalhadores. O salário dos parlamentares, somados aos benefícios, pagaria dezenas (em alguns municípios, centenas) de professores. Passou da conta o cinismo de filhos e filhas de corruptos, posando de patricinhas e mauricinhos.
No Brasil, os bancos chegam a se envergonhar dos lucros – inéditos no planeta.
Hospitais públicos sucateados não conseguem tratar os pacientes com um mínimo de dignidade. Anciãos morrem pelos corredores. Crianças agonizam em berçários neonatais. Doentes esperam meses por uma cirurgia que poderia lhes salvar. Falta remédio. Devido à escassez de saneamento básico, a dengue é endêmica em diversas capitais.
O ensino público declina.

O leque de desmandos que precisam ser consertados é amplo. Diante de tamanha desarrumação, corre-se o risco de não chegar a lugar nenhum.  A pressão popular, entretanto, deve continuar. O povo deve permanecer nas ruas. Chegou a hora de outros setores se envolverem. Partidos que mantém algum idealismo, pastores, teólogos e crentes progressistas das igrejas católica e protestante – e de outras religiões -, terceiro setor que amarga o dia a dia dos pobres e outros movimentos sociais devem se engajar. Nas ruas, os jovens gritaram: O gigante acordou, o gigante acordou. Resta provar que este refrão é verdadeiro. Continuemos.


Auto Sali Deo Gloria